A minha revolta de hoje será sobre a pirataria. Um tema que tem vindo a ser menos falado ultimamente mas que foi tema de interesse à pouco tempo, quando a SOPA foi alvo de grandes críticas. Se eu apoio ou não a pirataria não é o mais importante, o que importa mais e quero transmitir é o abuso que as empresas que criam material informático exercem sobre o utilizador mais comum.
Foi há pouco tempo, estava interessado em obter um produto de software, neste caso o Microsoft Office 2010, quando me deparo com aquele preço exagerado de 99 Euros. Fiquei de queixo no chão, e pensei para mim - Como quer esta gente que as pessoas comprem produtos originais?- já que, posso adquirir legalmente um programa que faça exactamente a mesma coisa que o Office, e é compatível também. A minha escolha foi certa, optei pelo produto que não me causa buracos na carteira. Vamos dar uma olhadela para justificar o preço: O Office, quando sair outro actualiza? não. Pode ser usado em quantos computadores quisermos? não. - isto está mau- O Office demorou bastantes anos a ser feito? não, é a copia exacta do anterior. O Office trabalha sozinho? Infelizmente, também não. Assim não entendo porquê o preço que foi colocado no produto, em algo que faz exactamente o mesmo que qualquer produto grátis. Se um dia pagasse 99 euros só porque diz "Microsoft", estaria doente. Mas isto é apenas um exemplo. Apenas conseguem estas exageros porque ganham dinheiro com o software pré-instalado nos computadores que, quando compramos estamos também a comprar o Office sem sabermos.
Mas, a pirataria tem outros exemplos, não é só na informática que existe (apesar de esta ser a base para quase toda a sua distribuição), existe também a pirataria de livros, musica, filmes, etc. Quanto à musica, parece que caiu na normalidade. Agora usamos quase sempre sítios como o Youtube quando queremos ouvir alguma coisa e não pagamos, 1 ou 2 euros para a adquirir. Apesar de o preço dos Cd's, na minha opinião, serem bastante acessíveis. Nos livros o caso é o mesmo, mas acho que ler um livro no computador é uma coisa estranha, gosto de o sentir e de o consumir nas minhas mãos, sentir aquele cheiro novo a papel quando os compramos, são coisas que não conseguimos sentir ao piratear. Temos de pensar também nos criadores das obras das quais desfrutamos, os músicos, os escritores, eles precisam do nosso apoio ao adquirir os produtos. Porque eles são dos que menos ganham com as suas obras. Mas quem cria software com preços daqueles terá de esperar muito tempo para que eu comece a gastar os meus trocos nos seus produtos.
Piratear ou não é uma escolha de todos, com as suas consequências. Mas a lei também deveria por um limite no custo de qualquer produto equivalente às suas funções. Não podemos pagar muito por algo que passado uns tempos não se actualiza nem vai conseguir acompanhar as tarefas que precisamos de fazer.
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