Um escritor não quer pensar, porque o cansa
Um escritor sente-se cansado, porque lhe doi
E tenta a usar essa dor, o pobre do escritor
Depois sente-se motivado, orgulhoso também
Por deixar num livro todo o seu sabor.
Um escritor não sabe caminhar, rasteja
Entre os caminhos que formara
Deixa mais marca do que quem lá passara.
E alimenta em sonhos as ideias
Que mais tarde as tranforma em suas teias
E onde faz bonito algo, mesmo cheio de maldade.
Um escritor é sensível, sente o que ninguem quer sentir
Na sua cabeça tudo gira e tudo fica ligado
Uns tempos escreve a rir, noutros apenas chora
Mas nas suas lágrimas também caem ideias
Que passam a palavras sem demora
Um escritor quer gritar o que sente
Entupido, de palavras que precisa de largar
Mas ninguém o entende, aquilo que sofre
Aquilo que ele tem de imaginar.
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