O livro que vou relatar hoje é “ A morte é uma Serial
killer”. Foi um livro que, admito, me deixou confuso. Penso que não
só a mim, isso aconteceu também a mais pessoas. Mas, nem sempre a confusão é uma
coisa negativa; neste caso, era preciso ler até à última página, até a última
palavra para entender todo o livro. É fantástico como apenas meia dúzia de
parágrafos deram sentido a todas aquelas páginas.
O tema é interessante para quem gosta de leitura violenta, recheada
de mortes e crimes. É quase inteiramente sobre um grupo de delinquentes
escolhidos, que foram submetidos a um programa que pretendia fazê-los
arrependerem-se dos seus actos mortais. É claro que, se o fizessem, seria um
bocado óbvio, e é aqui que entra a magia da autora. A meio do livro tudo muda,
levando-nos a outras pequenas partes que dão um enorme sentido a todo o livro.
Também com pequenas analepses, conhecemos mais detalhadamente a vida que cada
um dos delinquentes, e dos motivos que os levaram a cometer todos aqueles
crimes, mas não são apenas eles que a autora descreve, mais personagens
aparecem ao longo das páginas. Sem aviso, entramos para detalhes de outro
personagem, depois de outro, e começamos a entender que nem todos os crimes são
feitos porque lhes apetece, e existe quase sempre uma razão para que aconteçam.
Normalmente, são pequenas vinganças que se tornam num vício que não se consegue
parar.
Tal como este livro que, apesar de pequeno, se torna viciante. Tudo isto
nos faz pensar que, se formos tratados de forma violenta quando estamos a
crescer, mais tarde podemos não controlar isso e tornar-nos ainda piores do que
quem nos fez mal.
Leva-nos também a reflectir um pouco, sobre o que devemos
fazer com estas pessoas doentes que já não se conseguem curar. Devemos
continuar a ajudá-los? Ou nunca vão mudar? Devem ser presos ou mortos? Cada um
segue a sua opinião e, na minha, deviam ler este livro. É uma boa escolha, e
bastante interessante para as pessoas que gosta desta leitura mais
agressiva.
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